Abstract
A partir de retratos de mulheres indígenas datados da primeira metade do século XX, conservados no acervo do Museu da Imagem e do Som de Manaus, este estudo, por meio da poética do livro de artista Existências Líquidas, apresenta um olhar subjetivo acerca das representações de povos originários. A obra partiu do desejo de entrelaçar afetos às imagens das retratadas memorando hábitos do cotidiano da minha família afro-indígena, como as receitas de chás, que aprendi com minha avó materna Norma Teixeira. As fotos das retratadas, agrego fragmentos de vegetais que coletei durante caminhadas em Manaus e os associei à resistência do matagal no âmbito urbano como um ato de resistir da população indígena frente as políticas racistas, que desconsideram os modos de vida desses povos.