Abstract
Este trabalho se situa na interface entre a Filosofia Política e a Psicanálise, sendo seu objetivo investigar o conceito de nacionalismo, contrapondo-o ao de pluralidade, enquanto uma condição do humano, tomando como fundo os processos identificatórios. Para desenvolver o objetivo proposto, nos debruçamos sobre a obra de Hannah Arendt, visando os conceitos de nacionalismo e pluralidade, bem como compreender o modo como tais conceitos compuseram o pensamento de sua filosofia política. Dentro deste contexto, os conceitos de massa e identificação foram costurados à discussão, já que uma massa é liderada por um líder com quem os indivíduos que a compõem estabelecem uma forte relação de identificação. Neste aspecto, a teoria freudiana colaborou com os conceitos de massa e identificação. Ao longo deste trabalho, foi desenvolvida a hipótese de que o nacionalismo consiste em uma estratégia política de cunho psicológico: uma pretensa promessa de união, de pertencimento, de unidade social e interna. Esta é uma pesquisa, em sua íntegra, teórica e bibliográfica. Como resultado, vimos que a interface entre a Filosofia e a Psicanálise se revelou como um campo frutífero para a abordagem do fenômeno do nacionalismo, no contexto da atual política contemporânea nacional.