Abstract
No presente ensaio, discute-se o impacto do negacionismo na Educação escolar. Essa ideologia é baseada em falsos argumentos, cujos protagonistas negam evidências cientificamente comprovadas, como forma de fortalecer seus anseios pelo poder. A narrativa negacionista atinge pessoas que aceitam acriticamente e replicam esses argumentos como se fossem verdades absolutas. Um dos resultados da disseminação e aceitação dessa ideologia é o estímulo a ações extremistas, como vimos acontecer recentemente no Brasil. A negação fomenta intencionalmente os analfabetismos histórico, social e científico. As pessoas "contaminadas" por essa ideologia extremista ignoram os argumentos lógicos e permanecem alheias ao avanço da Ciência. Acreditam em disparates, como o chamado “terraplanismo”; são disseminadores de informações falsas; promovem “cruzadas” antivacinação; defendem o uso de medicamentos ineficazes; e fomentam o descrédito da democracia. As ideias de Paulo Freire, que estimulam o cultivo do pensamento crítico e emancipatório, é o aporte teóricometodológico que norteia este ensaio, contextualizado na prática docente dos autores, que consideram a Educação como uma prática de liberdade.