A máscara de Emílio
Abstract
Este artigo, redigido em tom ensaístico, trata da identidade infantil presente na obra Emílio ou Da Educação, de Jean-Jacques Rousseau. Nesse sentido, procura vislumbrar aquilo que existe por detrás da escrita do autor de Emílio, ou seja, o Eu de sua própria escritura. Utiliza ferramentas conceituais da filosofia de Friedrich Nietzsche, a fim de avaliar a constituição valorativa de tal obra no que concerne à infância. Uma infância que se estabelece como o polo condutor de toda a pedagogia moderna, pois supera as narrativas anteriores como a Didática magna, de Comenius. Em relação à moral, a obra de Rousseau instaura um novo momento na civilização ocidental, aquele que faz do ser infantil o sujeito cidadão da modernidade. Portanto, desenvolvese no artigo a textura de uma máscara que encontra na linguagem a fórmula pulsante de sua expressão