Abstract
No início do artigo, reconstruo a posição complexa de Husserl em relação à noção de fantasia. Por um lado, a fantasia aparece como severamente limitada, do ponto de vista da progressão da consciência na constituição de objetidades em um mundo objetivo. Por outro lado, uma vez esclarecidas as opções metodológicas de Husserl para dar destaque a essa constituição objetiva, aparece a riqueza da associatividade inerente ao fantasiar. Pretendo avançar essa investigação ao propor uma sistematização dos padrões de associação por semelhança das experiências comumente chamadas de “devaneios”.