Abstract
Quanto mais avançamos em nossas pesquisas com crianças de terreiros, mais percebemos os terreiros como lugares de acolhimento para crianças, sobretudo, crianças negras. Para o artigo que apresentamos, reunimos conversas com duas meninas negras e de candomblé. Eduarda de Souza, de 9 anos e Maria Hellena Nzinga, de 8 anos. As duas apontam a escola como um espaço de silenciamentos, apagamentos e constrangimentos. Ambas identificam o racismo como o grande causador desse sofrimento vivido. Ao mesmo tempo, ambas identificam seus terreiros como espaços de proteção e de fortalecimento para a luta antirracista na sociedade e também na escola.