A estética das minorias contra a correlação de institucionalismo forte, cientificismo e tecnicalidade: sobre a voz-práxis das minorias como arte-literatura

Clareira: Revista de Filosofia da Região Amazônica 4 (4):14-48 (2017)
  Copy   BIBTEX

Abstract

No artigo, defenderemos que a voz-práxis estética permite aos movimentos sociais, às iniciativas cidadãs e às minorias político-culturais a auto-expressão e a auto-afirmação desde si mesmas e por si mesmas, em termos de eu-nós lírico-político, de modo a enquadrar e a superar a correlação de institucionalismo forte, cientificismo e tecnicalidade que caracteriza a constituição, a legitimação, a evolução e a vinculação sociopolítica das instituições modernas, tais como a ciência, o direito, a política partidária e a economia. Essas instituições ou sistemas sociais modernos são estruturas-sujeitos lógico-técnicos, não-políticos e não-normativos, marcados e definidos por uma dinâmica autorreferencial e auto-subsistente, eminentemente endógena, autônoma e sobreposta em relação à espontaneidade e à informalidade dos sujeitos epistemológico-políticos, dos valores e das práticas próprios à sociedade civil, centralizando e monopolizando a constituição, a programação e o funcionamento de seus campos de sentido e de objetos e, a partir disso, enquadrando a própria voz-práxis desses sujeitos epistemológico-políticos da sociedade civil em sua ação cotidiana e relativamente às instituições. Nesse sentido, na correlação de institucionalismo forte, cientificismo e tecnicalidade, as instituições são a base, a arena, o valor e o sujeito epistemológico-político por excelência e como que exclusivos da fundamentação de si mesmas e mesmo no que se refere à estruturação e à evolução socioculturais, periferizando os sujeitos epistemológico-políticos informais e espontâneos da sociedade civil. Contra esta tendência apolítica e despolitizadora assumida pelos sistemas sociais modernos, argumentaremos em favor de uma estética das minorias que permite tanto sua auto-afirmação e sua auto-expressão espontâneas e informais, políticas, politizantes e normativas, sem mediações cientificistas e institucionalistas, quanto uma práxis político-normativa que é alternativa e contraposta ao institucionalismo forte e ao seu cientificismo e tecnicismo, porque inclusiva, participativa e direta. Nesse sentido, o criticismo social, a práxis político-normativa emancipatória e a resistência cultural necessitam de uma voz-práxis não-sistêmica, não-nstitucionalista, não-tecnicista e não-cientificista, que pode ser fundada na e viabilizada pela estética em seu sentido anti-paradigmático, não-institucionalista e anti-cientificista.

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 92,261

External links

  • This entry has no external links. Add one.
Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

El arte como lenguaje.Javier Domínguez Hemández - 1991 - Areté. Revista de Filosofía 3 (1):4-22.

Analytics

Added to PP
2019-02-08

Downloads
2 (#1,808,280)

6 months
2 (#1,206,802)

Historical graph of downloads

Sorry, there are not enough data points to plot this chart.
How can I increase my downloads?

Author's Profile

Agemir Bavaresco
Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references