Os rel'mpagos da fatalidade: reflexões sobre o trágico a partir de Nietzsche e Shakespeare

Inquietude 4 (1):46-67 (2013)
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Abstract

Nietzsche foi um dos pensadores que mais intensamente dedicou-se ao estudo e interpretação da tragédia, considerada não somente como gênero artístico mas como uma visão-de-mundo. Em uma época de seu percurso intelectual marcada pelos estudos filológicos e pela profunda influência de Schopenhauer e Wagner, busca compreender a tragédia de Sófocles e Ésquilo como uma aliança entre Apolo e Dionísio, divindades gregas da arte. Nietzsche especula também sobre a ascensão de Sócrates e do platonismo, fenômeno tido como precursor do cristianismo e de uma perspectiva existencial nas antípodas do trágico. A obra de Shakespeare, comentada por Nietzsche em alguns aforismos esparsos, oferece-nos uma oportunidade fecunda de refletir sobre o trágico sob uma perspectiva nietzschiana, o que realizamos com o auxílio de autores como Harold Bloom, Jan Kott, Leon Chestov e Rüdiger Safranski, dentre outros. Nosso objetivo é delinear algumas das formulações nietzschianas a respeito da tragédia e aclarar com exemplos retirados das obras de Shakespeare as razões que levaram o filósofo alemão a sustentar que o bardo inglês possui uma sabedoria ética superior àquela que caracteriza o socratismo.

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