Discurso 53 (2):84-98 (
2023)
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Abstract
Conhecido por textos que promoveram uma concepção autônoma de obra de arte, Karl Philipp Moritz foi também um destacado representante da tradição da psicologia – posições que pareceriam contraditórias a princípio, quando assumimos o desenvolvimento da estética na segunda metade do século XVIII. Seu ensaio Sobre a imitação formadora do belo possibilita, todavia, uma compreensão mais matizada da passagem entre essas perspectivas. Partindo de uma análise psicológica “profunda”, por assim dizer, da produtividade artística, Moritz aponta para uma força plástica e objetiva atuante na subjetividade criadora, anterior à força representativa e dotada de sua própria lógica e linguagem.