Abstract
Nesse artigo nos interessa discutir as heranças da colonização histórica na América Latina, privilegiando um recorte que refletirá sobre o discurso estético como via de contestação das relações de dominação e poder advindas dos processos colonizadores. Para melhor iluminar tal perspectiva, retomaremos o debate decolonial contemporâneo, tomando suas observações como ponto de partida para contextualizar a política das imagens conformada pelo Cinema Novo, bem como o alinhamento das posições intelectuais do movimento àquelas do Modernismo. Após essa revisão, discutiremos brevemente o gesto político endereçado por alguns filmes do cinema nacional recente, na figuração que propõem da alteridade.