Embora seja comum reconhecer no belo natural o caso mais paradigmático para a argumentação que Kant desenvolve na Crítica da faculdade do juízo estética, encontramos reiteradas considerações sobre a arte na “Dedução transcendental” exposta nos §§30-38. Neste trabalho, argumento que há duas centralidades distintas em operação nessa obra. O belo natural é paradigmático porque sua predicação é a que melhor representa o ideal de pureza que corresponderia ao ajuizamento integralmente fundado em faculdades transcendentais; mas o belo artístico também pode ser (...) considerado paradigmático, pois é por meio dos juízos sobre ele que melhor nos aproximamos de tal ideal. (shrink)

No terceiro momento da “Analítica do belo”, Kant caracteriza o juízo de gosto de modo geral como aquele que se funda na percepção de uma conformidade a fins sem fim. O filósofo, entretanto, reconhece em seguida que muitas situações concretas não correspondem integralmente a esse ideal de pureza judicativa. Um caso notável é o da arte, pois a produção e a recepção dos seus objetos não pode perder completamente de vista o fim que determina aquilo que eles devem ser. Em (...) meu trabalho, abordo essas dificuldades sugerindo que, ao contrário do que se verifica no caso do belo natural, os juízos sobre o belo artístico têm por fundamento a percepção de uma “inconformidade a fins com fim”, expressão que, embora não seja utilizada por Kant, creio ser bastante útil para esclarecer o que o filósofo tem vista nessas passagens. (shrink)

In Metaphysics Γ, Aristotle argues against those who seem to accept contradictions. He distinguishes between the Sophists, who deny the principle of non-contradiction through arguments, and the Natural Philosophers, whose physical investigations lead to the acceptance of objective contradictions. Heraclitus’ name appears throughout the discussion. Usually, he is associated with the discussion against the Sophists. In this paper, I explore how the discussion with the Natural Philosophers may illuminate both the interpretation of Heraclitus by Aristotle and Heraclitus’ own worldview. To (...) refute the Natural Philosophers, Aristotle proposes a general reconstruction of their reasoning. Roughly, relying on sensory evidence (A1), they see that the same thing changes from one opposite to another (A2). Such a change appears to characterize a generation out of non-being, which a Natural Philosopher does not accept (A3). To solve the problem, despite their different worldviews, Natural Philosophers hint at a state in which opposites co-occur, characterizing an objective contradiction (C). Looking at the discussion in Metaphysics Γ and Heraclitus fragments, sections 1–3 show how assumptions A1, A2, and A3 easily apply to Heraclitus. The case of the conclusion is more challenging. In the case of the Pluralists, the co-existence of opposites characterizes a state in which there is no generation. Such a view does not fit Heraclitus’ mobilism. To argue that Aristotle’s argument is general enough to encompass dynamic views, I examine his problematization of accepting the change of change in Metaphysics K and Physics V. There, after re-stating several points that appear in Metaphysics Γ, Aristotle argues that accepting the becoming of another becoming leads to a state of contradiction in which the becoming is perishing. Heraclitus’ B8, cited in Nicomachean Ethics, gives evidence that, for Aristotle, Heraclitus puts a process at the origin of an opposite process. Moreover, after examining the expression ‘living the death/dying the life’ in B62, I argue that Heraclitus was aware that his worldview implied a dynamic objective contradiction. Finally, an analysis of elemental changes in B36 proves that accepting objective contradictions does not make Heraclitus’ worldview less attractive. (shrink)

n the first part of the paper I will present Pritchard’s approach to Wittgenstein’s notion of hinge commitments, which is essential to his solution to the closure-based sceptical arguments. And, in the second par of the paper, I will raise some concerns that I have regarding Pritchard’s non-belief reading of the hinge commitments. In the third and final part, I make some concluding remarks regarding Pritchard’s overall strategy to solve the closure-based sceptical paradox.

Entende-se que os experimentos mentais são dispositivos da imaginação que podem nos fornecer crenças que constituem conhecimento. John D. Norton apresentou uma abordagem que se tornou influente para explicar como os experimentos mentais científicos podem produzir novos conhecimentos so- bre o mundo. Ele afirma que não há nada distintivo nos experimentos men- tais, uma vez que sustenta que eles funcionam exatamente como argumen- tos. Neste artigo, contestamos sua abordagem. Examinamos aspectos essen- ciais de sua abordagem, que envolvem as noções de (...) “argumento” e “inferên- cia” para mostrar que um sujeito que chega a saber algo através da execução ou condução de um experimento mental dificilmente será considerado como tendo efetivamente executado um argumento ou um processo de raciocínio inferencial. (shrink)

The article intends to analyze Nietzsches concept of conscience (Gewissen), in order to show its connection to the will to power. This relation inscribes in its interior, as derived from it, the bad conscience (schlechtes Gewissen), and thus opens a phenomenological horizon of interpretation of the will to power.

t. 1. Filosofskai︠a︡ publit︠s︡istika -- t. 2. Chtenii︠a︡ o bogochelovechestve ; Filosofskai︠a︡ publit︠s︡istika.

Recently, psychologists have explored moral concepts including obligation, blame, and ability. While little empirical work has studied the relationships among these concepts, philosophers have widely assumed such a relationship in the principle that “ought” implies “can,” which states that if someone ought to do something, then they must be able to do it. The cognitive underpinnings of these concepts are tested in the three experiments reported here. In Experiment 1, most participants judge that an agent ought to keep a promise (...) that he is unable to keep, but only when he is to blame for the inability. Experiment 2 shows that such “ought” judgments correlate with judgments of blame, rather than with judgments of the agent’s ability. Experiment 3 replicates these findings for moral “ought” judgments and finds that they do not hold for nonmoral “ought” judgments, such as what someone ought to do to fulfill their desires. These results together show that folk moral judgments do not conform to a widely assumed philosophical principle that “ought” implies “can.” Instead, judgments of blame play a modulatory role in some judgments of obligation. (shrink)

Examinamos a argumentação de Cícero contra o estoicismo no De Fato tentando reconstruir a melhor argumentação de Crisipo para a posição de uma filosofia que concilie a postulação do destino com a da liberdade humana. Fazemos isso, contudo tendo em vista a maneira como esse programa estóico é lembrado por Leibniz na Teodicéia. A estratégia para tanto consiste em examinar primeiro a maneira como Crisipo e Cícero poderiam traduzir o problema da relação do destino em termos causais, sugerindo uma diferença (...) possível entre a solução que seria legitimamente a de Crisipo e a de Cícero. Depois, mas em função dessa primeira análise, procuramos entender como Crisipo poderia resolver o problema a partir da postulação autonomia do agente na deliberação, pressuposta a natureza do agente — e pressupostos alguns temas centrais da física e da lógica estóicas como a noção de corporais e incorporais. Aqui aparece o exemplo do cilindro e do cone, como atribuído a Crisipo por Cícero, exemplo cuja interpretação ocupará o restante do artigo. The Cylinder and the ConeWe shall try to find the best way by which Crhysippus philosophy puts fate and freedom together, we must first proceed through an examination of the plot of Cicero’s De Fato. There we shall come back to some Leibnizian remarks about the Fatum Stoicum in the Theodicy. The first step for that is the interpretation of the Ciceronian attempt to translate the problem in an ethiological one, and the statement of the different conceptual framework through which Crhysippus do the same. The final step is the analysis of the Stoic conception of autonomous action in the act of deliberation, supposing the nature of the agent in his commitments with some stoical tenets about the incorporeal, as it appears in their physics and their logics. It is in this step that we shall examine the example of the cylinder and the cone, as it is given by Crhysippus through Cicero’s testimony, and try to extend that analysis to its ultimate consequences. (shrink)

O artigo procura mostrar alguns elementos da análise deleuziana da pintura de Francis Bacon, concentrando-se nos aspectos que permitem considerar tal pintura como visceralmente anti-representativa. A pintura de Bacon figura sensações, promovendo, ao mesmo tempo, a experimentação e novas corporeidades por meio dessa produção figural. Pensando as relações entre os corpos e as forças que atuam sobre eles, provocando as ondas sensoriais, Deleuze concebe a pintura em geral, e a de Bacon em particular, como paradoxal experiência histérica do pensamento, experiência (...) em que corpo e pensamento encontram-se maximamente articulados. (shrink)

Filipe Drapeau Vieira Contim,Pascal Ludwig | : La plupart des théoriciens de l’identité des types souscrivent à un physicalisme a posteriori à l’égard des propriétés phénoménales. Selon cette conception, les énoncés d’identité esprit/cerveau peuvent être justifiés par une inférence à la meilleure explication (IME) partant du fait empirique des corrélations esprit/cerveau. Nous soutenons que la théorie de l’identité ne peut pas s’appuyer sur cette méthodologie abductive. Nous montrons tout d’abord que l’on ne peut pas justifier les énoncés d’identité esprit/cerveau (...) au moyen d’une IME partant des corrélations esprit/cerveau car cette stratégie conduit à un dilemme : ou bien les corrélations ne sont pas des explananda, ou bien les identités esprit/cerveau doivent être admises comme des faits bruts au même titre que les lois dualistes. Nous montrons ensuite que ces énoncés d’identité peuvent être néanmoins justifiés par une IME partant du pouvoir causal des états phénoménaux. Cette seconde stratégie n’est toutefois d’aucune aide pour la forme a posteriori de théorie de l’identité ici discutée dans la mesure où elle débouche sur un physicalisme de type a priori. | : Most type identity theorists endorse a posteriori physicalism about phenomenal properties. On such a view, mind/brain identity statements can be justified by an inference to the best explanation (IBE) starting from the empirical premise of mind/brain correlations. We contend that Identity Theory cannot be based on such an abductive methodology. First, we argue that mind/brain identity statements cannot be justified by an IBE from correlations as it leads to the following dilemma : either correlations are trivial facts that cannot pretend to the status of explananda, or mind/brain identities must be admitted as brute facts, just like dualist laws. Second, we show that these identity statements can still be justified by an IBE starting from the premise of mental causation. However, this strategy is of no help for the a posteriori brand of Identity Theory here challenged since the same premise forces one to embrace a priori physicalism. (shrink)

resumo Trata-se de abordar o problema da teoria hegeliana da linguagem a partir do ponto onde pragmática e ontologia se articulam. Isto exige uma reflexão sobre a maneira com que Hegel organiza as dinâmicas da pragmática da linguagem levando em conta os modos de manifestação de uma negação ontológica no interior do campo de experiências lingüísticas da consciência. palavras-chave dialética, negação, linguagem, pragmática, atos de fala, contradição.

Trata-se de abordar o problema da teoria hegeliana da linguagem a partir do ponto onde pragmática e ontologia se articulam. Isto exige uma reflexão sobre a maneira com que Hegel organiza as dinâmicas da pragmática da linguagem levando em conta os modos de manifestação de uma negação ontológica no interior do campo de experiências lingüísticas da consciência.

Trata-se de abordar o problema da teoria hegeliana da linguagem a partir do ponto onde pragmática e ontologia se articulam. Isto exige uma reflexão sobre a maneira com que Hegel organiza as dinâmicas da pragmática da linguagem levando em conta os modos de manifestação de uma negação ontológica no interior do campo de experiências lingüísticas da consciência.

O presente trabalho tem como objetivo analisar o fenômeno do Totalitarismo no pensamento da filósofa alemã Hannah Arendt tendo como fio condutor a obra Origem do Totalitarismo. Verificaremos como a filósofa compreende o movimento totalitário e atuação do mesmo para capturar os seres humanos e destituí-los de todos os direitos usando para este fim os mais baixos artifícios, tais como os campos de concentração e o sistema propagandista ficcional. Focalizaremos especificamente no terceiro capítulo da obra supracitada, no qual a pensadora (...) apresenta os horrores das ditaduras e do Totalitarismo, revelando a face tenebrosa e cruel do homem. (shrink)

As políticas de privatização da educação e as formas pelas quais se materializam têm assumido contornos sem precedentes no tempo presente e são emblemas das mutações da face social do Estado no provimento e garantia do direito humano à educação, como consequência da ascensão e capilaridade dos princípios neoliberais no tecido social que se apoiam, por sua vez, na primazia do capital financeiro e na concentração da riqueza. No Brasil, o direito à educação é matéria do texto constitucional nos títulos (...) “II – Dos direitos e garantias fundamentais” e “VIII – Da ordem social” (BRASIL, 1988), além de outras disposições e tangencia, em maior ou menor medida, todas as legislações infraconstitucionais. Pelo fato de ser fundante e crucial para a garantia do direito humano à educação, a defesa da oferta, currículo e gestão da educação pela esfera pública constitui-se em uma pauta candente para as pesquisas acadêmicas e para o ativismo social, uma vez que se trata da defesa de direitos em risco e de contraposições às mecânicas de poder que contribuem para a corrosão da esfera pública. Balanços analíticos e interpretativos de evidências empíricas, realizadas por pesquisadores sobre o fenômeno da privatização da educação em diferentes países e territórios têm desvelado reconfigurações normativas, práticas gestoriais e desenhos curriculares elucidando a magnitude do alcance das políticas e práticas mercantis e privatistas no âmbito educacional, em escala mundial. As reformas educacionais de cariz privatista induzidas por atores privados têm sido orquestradas por regimes ou modelos de governança da educação denominados como “governo empresarial” por Dardot e Laval (2016), como gestão corporativa da educação (Croso e Magalhaes, 2016) ou ainda por parcerias público-privadas (Robertson e Verger, 2012). Em substância, os processos privatistas se concretizam mediante uma apropriação teórico-prática das políticas educacionais de forma orgânica e multiforme, incidindo sobre a gestão escolar; a formação de docentes e de gestores; assessorias pedagógicas; a oferta de tecnologias educacionais; os sistemas privados de ensino que padronizam projetos curriculares, dentre outros insumos pedagógicos, além do incentivo à programas de escolha parental que disputam os fundos públicos (Adrião, 2018). Essa miríade de formas de privatização da educação ocasiona efeitos nefastos à consolidação da educação como direito público e subjetivo, conquista consagrada em cartas constitucionais da grande maioria dos países do globo, dentre outros códigos legais. No Brasil, pesquisa financiada pela FAPESP e desenvolvida no âmbito da Rede Latino-Americana e Africana de Pesquisadores em Privatização da Educação (ReLAAPPe) sob coordenação geral de Theresa Adrião intitulada Mapeamento das Estratégias de Privatização da Educação Básica no Brasil e coordenada em nível estadual por pesquisadores/as de treze instituições públicas de pesquisa de diferentes regiões do país, mapeia e analisa tendências de privatização materializadas nas redes educacionais dos estados e do Distrito Federal, nas dimensões da oferta educativa, gestão educacional e do currículo (Adrião, 2018)[1]. A pesquisa elucidou a inserção de organizações privadas, fundamentalmente de natureza empresarial, na definição e ou operacionalização de programas educacionais sob a tutela dos entes subnacionais entre 2005 e 2018. Face ao avanço dos multifacetados formatos da privatização da educação, o presente dossiê revela elementos para a problematização do modus operandi do setor privado na escola pública em distintos contextos, de maneira a focalizar criticamente dimensões contíguas entre esta efeméride e a agenda globalmente estruturada para a educação (DALE, 2004). Trata-se de um esforço coletivo derivado de ações investigativas conectadas ao supracitado coletivo de pesquisa para dar visibilidade à teleologia empresarial que tem se reverberado na esfera pública, cuja aquiescência de governos ultraconservadores e determinações históricas da conjuntura atual têm encarregado de conformar. As análises aqui disponibilizadas constituem-se em importantes alternativas analíticas para dissipar narrativas hegemônicas que produzem colapsos na cidadania e nos Direitos Humanos dos estratos historicamente empobrecidos. (shrink)

La ciudadanía y lo político. Ciudadanía y crisis de la democracia liberal en un mundo en transformación es un texto provocador, que desafía directamente a las esferas de poder económico, político y social en el marco de la corrupción. Deja al descubierto las entrañas cancerígenas de una política enferma de poder, donde priman los intereses particulares o políticos sobre los intereses del pueblo. El libro es una lanza que atraviesa las profundidades que erosionan nuestra sociedad, realizando así un análisis riguroso (...) desde distintas aristas, que tienen un elemento común: la corrupción política. A lo largo de las páginas se ofrece un enorme panorama sobre el papel de la ciudadanía dentro de la sociedad, que reclama a gritos una revolución desalienante frente a la cleptoestructura. Es así como, el papel de la ciudadanía es el centro de la reflexión analítica que nos presenta Joan Lara Amat y León. (shrink)

Thomas Hobbes combines true representation and representation by fiction in the making of the modern representative state. This chapter examines how this is done and to what effect. Hobbes's adoption, in the English Leviathan, of a broad and elastic concept of person as an agent capable of speech and action marks a departure from his earlier works. Words and actions are the “outward appearances” that make up the Hobbesian person. As the distinction between true representation and representation by fiction shows, (...) at the core of Hobbes's theory of representation lie the notions of authorization and attributed action. According to Hobbes, representation by fiction is the only form of representation available to people, things or abstractions who “cannot be Authors, nor therefore give Authority to their Actors”. Representation was equally necessary, understood as the representation of the commonwealth itself as a formidable image of unity that transcended the mere sum of its authorizing parts. (shrink)

This book offers a powerful, comprehensive and compelling rereading of Hobbes's theory of representation, by reinstating it in a wider pattern of Hobbes’s theorizing about human thought and action in relation to images, roles and fictions of various types.

Brain–machine interfaces combining visual, auditory, and tactile feedback have been previously used to generate embodiment experiences during spinal cord injury rehabilitation. It is not known if adding temperature to these modalities can result in discomfort with embodiment experiences. Here, comfort levels with the embodiment experiences were investigated in an intervention that required a chronic pain SCI patient to generate lower limb motor imagery commands in an immersive environment combining visual, auditory, tactile, and thermal feedback. Assessments were made pre-/ post-, throughout (...) the intervention, and at 7 weeks follow up. Overall, high levels of embodiment in the adapted three-domain scale of embodiment were found throughout the sessions. No significant adverse effects of VR were reported. Although sessions induced only a modest reduction in pain levels, an overall reduction occurred in all pain scales at follow up. A high degree of comfort in the comfort scale for the thermal-tactile sleeve, in both the thermal and tactile feedback components of the sleeve was reported. This study supports the feasibility of combining multimodal stimulation involving visual, auditory, tactile, and thermal feedback to generate embodiment experiences in neurorehabilitation programs. (shrink)

O presente artigo versa sobre Educação a Distância na sociedade da informação e destaca o novo enfoque da Educação Superior a Distância voltada à formação de gestores públicos no cenário brasileiro. Em primeira instância, pretende-se, de maneira breve, fazer uma reconstrução da história da Educação a Distância no País e sua trajetória no Ensino Superior brasileiro. O novo século está marcado por intensas transformações nas relações sociais, políticas, econômicas, pelo acelerado desenvolvimento tecnológico e eletrônico. Acredita-se que hoje estamos nos primórdios (...) da era digital, como evolução da era industrial marcada pelas tecnologias digitais, que revolucionam a percepção do e a atuação humana sobre o mundo. Nesse sentido, destacam-se os cursos de Educação Superior a Distância, direcionados à formação de gestores públicos no Brasil. Vale destacar que o ensino da tecnologia da informação, assim como ferramentas de sistemas de informação, é fundamental para a formação de administradores públicos na atualidade, e a Educação a Distância está proporcionando a democratização do conhecimento no Brasil. A metodologia utilizada é bibliográfica e documental.This article focuses on distance education in the information society and highlights the new approach to distance higher education dedicated to the training of public managers in the Brazilian scene. The new century is marked by deep transformations in social relations, political, economic, and technological development accelerated by mail. It is believed that today we are at the dawn of the digital age, as evolution of the industrial era marked by digital technologies that revolutionize the perception and human performance on the world. It is the change from the industrial to the digital culture and the predominance of plurals and virtual spaces. In this sense, we highlight the courses of distance higher education directed to the training of public managers in Brasil. Vale emphasize the teaching of information technology, as well as tools for information systems are essential for training public administrators in the news and education the distance is providing the democratization of knowledge in Brazil. Tem methodology used is literature and documents. (shrink)

O presente trabalho tem como objetivo explicar os mecanismos básicos da linguagem no século XVI, a partir da arqueologia de Michel Foucault. Para tanto, o itinerário a ser percorrido parte de uma breve introdução ao pensamento do autor e do panorama geral do livro, de sua autoria, “As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas”, bem como de suas questões fundamentais. Após, analisar-se-á o capítulo que trata sobre a filosofia do Renascimento, intitulado “A prosa do mundo”, de modo (...) a elucidar a visão que os renascentistas tinham acerca da linguagem e o que a caracterizava. Também é premente verificar qual a relevância de tal período para Foucault em sua pesquisa sobre a linguagem, a concepção desta como autônoma, independente, dissociada das ideias. Por fim, é feita uma retomada crítica dos pontos abordados neste trabalho. A pesquisa foi bibliográfica e teve como principal referência o livro “As palavras e as coisas” (2000), do mesmo autor. (shrink)

Trata-se de uma contextualização filosófica que perpassa os limites e as fronteiras do pensamento reducionista: que fragmenta e exclui a subjetividade humana em nome da objetividade racionalista. Volta-se ao pressuposto de que tanto a subjetividade quanto a objetividade são legítimas fontes do pensar e do agir humanos e, por isto mesmo, fontes primárias da religação ética entre o eu e o outro. Debruçar-se sobre o conceito de amorosidade, em Paulo Freire, remete à discussão acerca da ética como campo ontológico das (...) relações entre humanos e humanos, e entre humanos e não humanos. A proposta que tangencia o estudo tem por objetivo principal compreender o conceito de amorosidade e seus desdobramentos dentro e fora da pedagogia freireana, sobretudo incorporada ao ethos e à racionalidade prática, nesta contemporaneidade. Almeja-se, com isto, oferecer algumas reflexões sobre o sentido e o sentir da amorosidade como modo de acolhimento do outro no eu, uma possibilidade de reconhecimento de um eu no outro. Palavras-chave: Paulo Freire. Amorosidade. Ética. Formação humana. (shrink)

Appearing here in English for the first time, Vladimir Jankélévitch's _Henri Bergson_ is one of the two great commentaries written on Henri Bergson. Gilles Deleuze's _Bergsonism_ renewed interest in the great French philosopher but failed to consider Bergson's experiential and religious perspectives. Here Jankélévitch covers all aspects of Bergson's thought, emphasizing the concepts of time and duration, memory, evolution, simplicity, love, and joy. A friend of Bergson's, Jankélévitch first published this book in 1931 and revised it in 1959 to (...) treat Bergson's later works. This unabridged translation of the 1959 edition includes an editor's introduction, which contextualizes and outlines Jankélévitch's reading of Bergson, additional essays on Bergson by Jankélévitch, and Bergson's letters to Jankélévitch. (shrink)

ABSTRACTThe psychological and philosophical literature exploring the role of social influence in moral judgments suggests that conformity in moral judgments is common and, in many cases, seems to b...

The aim of this book is to present the fundamental theoretical results concerning inference rules in deductive formal systems. Primary attention is focused on: admissible or permissible inference rules the derivability of the admissible inference rules the structural completeness of logics the bases for admissible and valid inference rules. There is particular emphasis on propositional non-standard logics (primary, superintuitionistic and modal logics) but general logical consequence relations and classical first-order theories are also considered. The book is basically self-contained and special (...) attention has been made to present the material in a convenient manner for the reader. Proofs of results, many of which are not readily available elsewhere, are also included. The book is written at a level appropriate for first-year graduate students in mathematics or computer science. Although some knowledge of elementary logic and universal algebra are necessary, the first chapter includes all the results from universal algebra and logic that the reader needs. For graduate students in mathematics and computer science the book is an excellent textbook. (shrink)

O objetivo deste estudo é identificar como a adoção aparece nas histórias de vida de indivíduos adotados e como eles normalizam suas experiências relacionadas à adoção. Focaliza-se a re-historiação do “eu” na narrativa e considera-se que o seu final é determinado por quem constrói a narrativa, não por eventos relatados cronologicamente. Os dados provêm das narrativas de dois indivíduos adotados, transcritas segundo convenções utilizadas na Análise da Conversa Etnometodológica, nas quais se destaca a presença dos eventos relacionados à adoção na (...) re-historiação dos pesquisados e na constituição de seus “eus” parciais, considerando também as características rítmicas e outras propriedades da fala em interação. Foi possível constatar que o final da história influencia na maneira como a narrativa é construída e como as experiências de adoção aparecem nas narrativas, com maior ou menor grau de normalização a elas atribuído. (shrink)

In this paper we prove the following theorem: Any one-dimensional definably connected group G over an o-minimal structure is, as an abstract group, isomorphic to either pPp∞δ or δ.

The article draws a conceptual distinction the (French) structuralism of the 50’s–60’s and the post-structuralism of the 70’s, which are discussed as overlapping in their intellectual paths; their mutual dynamics is defined as a reaction of the intelligence to the pressure of depersonalized unified schemes within the logic of structuralism against free improvisation and loose interpretation instead of total explanations in the post-structuralism interpretation. The article establishes a conceptual identity of the paradoxical nature between post-structuralism (and deconstructionism, which is homogeneous (...) and identical thereto in a number of aspects), on the one hand, and constructionism with its specific process of language dismantling – social/ideological languages, social group dialects, on the other hand, which naturally leads the authors to the analysis of the paradoxicality principles, defined by post-structuralism (five principles of paradoxicality of Gilles Deleuze – paradox of regress, paradox of sterile reiteration, paradox of neutrality, paradox of absurd, paradox of Levi-Strauss); poststructuralists’ paralogisms are examined through paradoxical denotation; the late Roland Barthes’ phenomenon of paradoxicality, becoming a plot-forming principle of narration, is analyzed. Poststructuralism is conceptualized in the article as the first decisive step of post-modernism; the affinity of post-structuralist and postmodernist commitment to parody, game and irony is stated; the theory of language games in post-modern interpretation is explored; one of those games – a game of carnival – is explored within the diachronic retrospective; the affinity of parody and carnival tradition of post-structuralism and post-modernism to the romantic irony of the XIXth century and its inconsistency with the popular culture of laugh is established. The genesis of poststructuralism and post-modernism is connected with the ideological restart of the Western society before the “very end” of the Resistance ideas and the disappointment of the left European intellectuals in the “great legends” and illusions of Marxism. The blurred concepts of relativism are connected with the mutual disproportion of different layers of historical experience. (shrink)

This is an introductory survey of the emerging theory of two new classes of (discrete, countable) groups, called hyperlinear and sofic groups. They can be characterized as subgroups of metric ultraproducts of families of, respectively, unitary groups U (n) and symmetric groups $S_{n},\ n\in {\Bbb N}$ . Hyperlinear groups come from theory of operator algebras (Connes' Embedding Problem), while sofic groups, introduced by Gromov, are motivated by a problem of symbolic dynamics (Gottschalk's Surjunctivity Conjecture). Open questions are numerous, in particular (...) it is still unknown if every group is hyperlinear and/or sofic. (shrink)

We examine some of Connes’ criticisms of Robinson’s infinitesimals starting in 1995. Connes sought to exploit the Solovay model S as ammunition against non-standard analysis, but the model tends to boomerang, undercutting Connes’ own earlier work in functional analysis. Connes described the hyperreals as both a “virtual theory” and a “chimera”, yet acknowledged that his argument relies on the transfer principle. We analyze Connes’ “dart-throwing” thought experiment, but reach an opposite conclusion. In S , all definable sets of reals are (...) Lebesgue measurable, suggesting that Connes views a theory as being “virtual” if it is not definable in a suitable model of ZFC. If so, Connes’ claim that a theory of the hyperreals is “virtual” is refuted by the existence of a definable model of the hyperreal field due to Kanovei and Shelah. Free ultrafilters aren’t definable, yet Connes exploited such ultrafilters both in his own earlier work on the classification of factors in the 1970s and 80s, and in Noncommutative Geometry, raising the question whether the latter may not be vulnerable to Connes’ criticism of virtuality. We analyze the philosophical underpinnings of Connes’ argument based on Gödel’s incompleteness theorem, and detect an apparent circularity in Connes’ logic. We document the reliance on non-constructive foundational material, and specifically on the Dixmier trace −∫ (featured on the front cover of Connes’ magnum opus) and the Hahn–Banach theorem, in Connes’ own framework. We also note an inaccuracy in Machover’s critique of infinitesimal-based pedagogy. (shrink)

People are remarkably smart: They use language, possess complex motor skills, make nontrivial inferences, develop and use scientific theories, make laws, and adapt to complex dynamic environments. Much of this knowledge requires concepts and this study focuses on how people acquire concepts. It is argued that conceptual development progresses from simple perceptual grouping to highly abstract scientific concepts. This proposal of conceptual development has four parts. First, it is argued that categories in the world have different structure. Second, there might (...) be different learning systems that evolved to learn categories of differing structures. Third, these systems exhibit differential maturational course, which affects how categories of different structures are learned in the course of development. And finally, an interaction of these components may result in the developmental transition from perceptual groupings to more abstract concepts. This study reviews a large body of empirical evidence supporting this proposal. (shrink)

Le merite de cette etude est son refus de reduire la theologie d'Eckhart au developpement systematique d'une seule notion fondamentale. Mais cette theologie n'y est pas non plus concue comme une sorte d'eclectisme ou chacune de ces notions aurait sa place et trouverait successivement son tour. S'il y a chez Eckhart une notion fondamentale, c'est celle de Dieu, ou, plutot, c'est celle de l'ineffabilite de Dieu. Dieu est l'etre, assurement, mais n'est-il pas plutot l'Un? Ou l'Intellect? Comprendre qu'il est chacune (...) de ces perfections, absolument, purement, donc en apparence a l'exclusion des autres, c'est justement en quoi consiste l'ignorance transcendante qui eleve Dieu au-dela de toutes les affirmations. Vladimir Lossky a ainsi voulu mettre en lumiere le refus qu'oppose Eckhart a toute tentative d'inclure la divinite dans une notion qui se tiendrait pour suffisante a la definir. (shrink)